Este blog serve de suporte digital da aluna Fátima Costa nº8 12ºN do curso profissional de Animador Sociocultural da Escola Secundária de Rocha Peixoto.
Tudo o que for aqui publicado estará de Acordo com o programa da disciplina de Área de Expressões.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Módulo 16 - Meios e técnicas de expressão plástica




1ª Semana de 3/1/2011 a 7/1/2011:

Um novo ano começa juntamente com um novo módulo que traz consigo uma nova proposta de trabalho que tem um limite de tempo bastante sufocante.
O tempo é escasso e as aulas devem ser muito aproveitadas. A proposta de módulo é a criação de um livro pop up baseado numa história ou conto à escolha.

O meu cronograma para este projecto é:
5 e 7 de Janeiro – pesquisa;
12; 14; 19; 21 e 26 de Janeiro – elaboração do livro em pop up;
 28 de Janeiro – apresentação.

Esta semana de pesquisa, transformou-se também numa semana prática, pois escolhi o texto a trabalhar e experimentei alguns pop up a utilizar.
Fiz também as modificações para utilizar no meu livro.
O texto refere-se aos últimos capítulos do livro “A Ilha do Tesouro” de Robert Louis Stevenson.


A Ilha do Tesouro


A expedição ficava completa com o capitão Flint, que palrava constantemente. Eu ia atrás de Silver, atado com uma corda à cintura.
Pusemo-nos a caminho e chegámos à praia. Espalhámo-nos pelas duas embarcações e navegámos até ao ancoradouro. Silver tirou o mapa e leu a mensagem:
 - “Árvore alta, vertente do “Binóculo”, em direcção N-NE, um quarto ao Norte. O ilhéu do esqueleto E-SE e um quarto a Este. Dez pés”.
            O principal ponto de referência era uma árvore. Estávamos nesse momento diante do ancoradouro, que estava limitado por um morro. O topo estava coberto de pinheiros de várias alturas, mas havia um que sobressaía acima dos restantes.
            Após uma longa travessia, desembarcámos. Depois de andar um pouco, girámos à esquerda e subimos a vertente que levava ao morro. Estávamos quase a chegar, quando um dos homens deu um grito que nos assustou.
            Todos corremos nessa direcção.
Junto à base de um pinheiro altíssimo, vimos um esqueleto humano com a roupa esfarrapada.
- Tive uma ideia brilhante! – disse Silver. – Agarrem na bússola e orientámo-nos, seguindo a linha desses ossos.
Como Silver tinha previsto, o esqueleto estava orientado na direcção E-SE e um quarto a este, tal como escreveu Flint no seu mapa.
- Rapazes, esta é uma brincadeira de Flint. – Disse Silver a sorrir – Lembrem-se que ele enterrou o tesouro na ilha, com seis homens? Pois bem, matou-os um por um; deve ter arrastado este até aqui e colocou-o de acordo com a bússola.
Pusemo-nos novamente a caminho. Quando chegamos ao alto do morro, todos quiseram descansar. Os piratas sussurravam. De repente, ouvimos uma voz trémula que vinha das árvores. Trauteava aquela conhecida canção:
“Quinze homens sobre o cofre do morto, Ah! Ah! Ah! Ah! A garrafa de rum!”
Nunca tinha visto homens tão aterrorizados como aqueles. O sangue desapareceu das suas caras e estavam brancos.
Alguém estava-nos a pregar uma partida e é alguém de carne e osso. A cada palavra de Silver, os piratas iam recuperando a cor. Já estavam mais animados, quando a voz misteriosa voltou a falar. Desta vez não cantava, mas dizia insistentemente:
- Darby M’Graw, traz-me mais rum!
Todos estavam paralisados de terror. A única pessoa que lhes proporcionava segurança era Silver, que tratou de os acalmar:
- Rapazes, ouvimos todos um eco. Se os espíritos não têm sombra, como é possível que tenham eco?
Parecia-me uma reflexão sem pés nem cabeça, mas surpreendentemente, vi que os outros concordavam com a cabeça. Até George Merry lhe deu razão:
- É verdade, Silver. Mas… Regressemos aos botes, companheiros! A princípio pensei que era a voz de Flint. Porém, estive a tentar lembrar-me e pareceu-me que…
- Claro! – Rugiu Silver – É a voz de Ben Gunn!
Os flibusteiros tinham recuperado o entusiasmo. Assim que os puseram de parte a possibilidade de aquela ser a voz de Flint, a cor voltou às suas caras. Puseram as ferramentas ao ombro e continuaram a caminhar.
Começamos a descer. Aproximávamo-nos cada vez mais da encosta de “O Binóculo”. Chegámos à primeira árvore alta e Merry comprovou com a bússola que não era a indicada. O mesmo aconteceu com a segunda. A terceira elevava-se quase 200 pés por cima do matagal. Era uma árvore gigantesca.
À medida que nos íamos aproximando dela, a expressão dos piratas mudava. Nos seus olhos brilhava a cobiça, os seus pés parecia que voavam.
Sentia-me terrivelmente desgraçado. Ao chegar ao local, Merry gritou contente:
- Avante, companheiros! O tesouro é nosso!
Todos corriam. Subitamente, pararam e ouviu-se um grito angustiante. Silver acelerou o passo e, ao fim de um momento, também nós parávamos estupefactos.
Ninguém podia acreditar no que via. E via-se uma grande cova com terra remexida. Dentro, havia uma enxada partida e as tábuas de várias caixas. Numa dessas tábuas, marcado a ferro estava a palavra “Morsa”.
Era esse o nome do barco de Flint.
Era evidente: alguém tinha descoberto o tesouro. Os flibusteiros estavam boquiabertos. No entanto, Silver controlou a sua raiva e, após indicar-me que me aproximasse, deu-me uma pistola.
Começou a mexer-se, eu segui-o. Foram necessários poucos passos para pôr a cova entre nós e os outros cinco.
Os piratas saltaram para a cova. Gritavam e amaldiçoavam enquanto escavavam a terra com os dedos. As tábuas voaram em todas as direcções.
Silver olhava-os, mais calmo do que nunca. Pareceu-me que era muito valente. Merry desfez o gelo com um discurso:
- Companheiros, aí estão esses dois. Um é velho e coxo, e o outro é o seu cachorro. Companheiros…
Três disparos obrigaram a esconder-se na cova. Os seus três companheiros voltaram as costas e desataram a correr desesperadamente.
Silver, descarregou a sua pistola em George.
Pouco tempo depois, vi que o doutor Gray e Ben Gunn saíam de entre as árvores. O doutor gritou:
- Em frente! Temos de impedir que alcancem os botes.
Começamos a persegui-los a grande velocidade. Descemos até ao ancoradouro, onde estavam amarrados os botes. Durante a descida, o doutor contou a Silver a história do tesouro:
- Num dos muitos dias que passou na ilha, Bem Gunn encontrou. Dias mais tarde, encontrou o tesouro. Depois de longas e esgotantes excursões consegui pô-lo a salvo numa cova.
Quando chegámos aos botes, o doutor desfez um com uma enxada. Embarcamos os cinco no outro. Remamos até à Enseada do Rum. Este era o ponto mais próximo da cova de Bem Gunn.
Encontramos todos na cova. Era um lugar amplo e bem arejado. Num canto ao fundo estava o tesouro de Flint. Quantas moedas, que brilhantes barras de ouro.
Nunca mais voltei a sentir tanta felicidade como naquele momento.

Fim.

(Texto com supressões).



2ª Semana de 10/1/2011 a 14/1/2011:

Esta semana comecei a elaborar a primeira página do meu livro pop up. Criei um barco, e um caranguejo.
            Para a realização destes pop up’s necessitei não só dos moldes do site do Robert, como também de lápis de cor, cartolinas revistas, entre outros materiais que ajudaram a construir esta página.
            Ficam as primeiras imagens deste projecto.
             


Aumentei os moldes para um formato A3.
Pintei cada uma das peças.



Colei as peças em folhas de desenho (grossas).
Recortei as peças.

Montei o barco de acordo com a explicação.
Colei o barco na cartolina.


3ª Semana de 17/1/2011 a 21/1/2011:


            Esta semana continuou a ser de construção. As 2 primeiras páginas do livro estão terminadas. Ficam aqui as fotos e a explicação.




Esta página para além dos pop up’s que foram acrescentados (caranguejo e tubarão), também teve direito à montagem da areia (cartolina) e do mar (papel crepe azul claro e spray azul escuro).
O caranguejo foi caracterizado por colagem de revista.




 
Nesta página foi necessário a criação de um pop up de árvore, que seguiu o molde ampliado que se segue a baixo.
Também foi necessário a pintura das personagens.


4ª Semana de 24/1/2011 a 28/1/2011:

O projecto atinge esta semana o auge de execução.
Primeiramente, ele encontra-se quase terminado, de seguida à que referir que este módulo tem os seus dias contados e é necessário referir as dificuldades do projecto.
 Este projecto, como dificuldades, teve a falta de recursos teóricos para construir certos pop up’s, como é o caso do pinheiro, construído 2 vezes para colocar em 2 páginas do livro, também foi difícil criar uma superfície giratória, que fizesse rodar os bonecos.
Os bonecos, são o meu grande problema no livro pop up, eles não aparecem logo que se abre o livro, necessitam de um jeitinho para ficarem de pé.
Actividade a propor:
·         Esta actividade destina-se a crianças entre os 4-5 anos, o local onde se colocará a actividade em prática será o jardim-de-infância do centro de bem-estar social de Barqueiros.
·         O que se propõe fazer é um postal pop up para oferecer juntamente com a prenda criada para oferecer à mãe/ pai no dia da mãe/ pai.
·         Objectivos do projecto:
»        Criação de um postal inovador;
»        Valorizar e expor o afecto para com os pais;
»        Desenvolver as capacidades criativas;
»        Valorizar e desfrutar da expressão plástica como meio de comunicação;
»        Descobrir novas formas de criação de postais, para que se possa partilhar aprendizagens (com a criação do postal a oferecer);


 
5ª Semana de 31/1/2011 a 4/2/2011:
Este módulo chega ao fim, infelizmente não tive a possibilidade de publicar as fotos do livro já terminado, por isso tenho a dizer que gosto imenso do produto final.
Este módulo foi muito enriquecedor, nunca tinha feito nada deste género, o que mais me admirou foi conseguir criar pop up’s como o baú do tesouro e a árvore que não aparecia qualquer tipo de explicação na internet.
O que menos gostei foi do tempo ser pouco e não poder criar mais pop up’s para personificar ainda mais a minha história.
Acho que o meu projecto está bom e respeitando todos os parâmetros considero que a minha nota seja entre o 16 e o 17.
Netografia